sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Eternização Paliativa

Hoje re-assisti “efeito borboleta”. Inspirado pela atmosfera de volatilidade da nossa relação com o tempo, aqui estou eu na minha pseudo-eternização. Ao escrever vou me gravando no papel, me gravando no mundo, me eternizando. Deixando minha carcaça pra trás e me fixando no papel. Ilusão. Esse “me” é incapturável, é justamente essa eternefemeridade orgânica da qual a escrita não dá conta. E o acontece no papel é apenas a substancialização de um espelho paliativo diante do qual minha existência se materializa.

2 comentários:

Anônimo disse...

Seu texto me levou para outro filme também: Donnie Darko. Me sinto exatamente assim depois que assisto.

Ótimo post, by the way.

Nelson Crisóstomo disse...

E é engraçado, porque você escreve no mesmo momento em que é lido.