sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Aos meus companheiros de vida

Aos meus companheiros de vida todo amor do mundo. Toda liberdade.
Aos novos, aos velhos. Todo amor do mundo. Amor em liberdade, em desapego, sem possessividade.
Amor à própria condição de imanência, de movimento e de criação. Criação de si.
Amor à vida, Amor Fati.
O bom e velho Schopenhauer diz que somos companheiros de sofrimento, que vivemos entre angústia e tédio. Mas há algo mais. Essa condição de finitude que me constitui possibilita um algo mais. Possibilita o milagre do ser e a contemplação da magia da vida. Contemplação da dor, do prazer, do nada. Experienciação extasiada e até nostálgica da vida. Experienciação que se dá no mundo, com o mundo, com outros experienciadores, meus companheiros de vida.
Aos meus companheiros de vida todo amor do mundo.

Rio de Janeiro, 04 de outubro de 2008.